Também conhecido como Villa Ivonne, tem a sua origem numa alqueria do século XVII, que, devido à desamortização de 1844, foi vendida a uma família da alta burguesia valenciana, os Sagrera, que a utilizaram como casa de campo. Juana Sagrera casou-se com Miguel Nolla Bruixet, que escolheu esta localização para a sua fábrica Mosaicos Nolla. Por esse motivo, o interior e o exterior do palacete foram revestidos com um espetacular conjunto de mosaicos. Além disso, criou um grés tingido em massa de grande qualidade técnica e resistência, com o qual fez tesselas para mosaico, chamado mosaico Nolla. Os mosaicos de Nolla mereceram a Medalha do Progresso na Exposição Universal de Viena de 1873, e também foram apresentados na Exposição Universal de Paris dos anos 1867 e 1878, e na de Barcelona de 1888. Tem um valor tanto arquitetônico (antiga alqueria rural, classicismo, gótico...) como iconográfico pela peculiar e cuidada decoração nos tetos e paredes (papéis pintados, talhas, estuques e mosaicos de grés Nolla), e nos pavimentos com as incríveis composições do grés de Nolla. Além de ser testemunha da época mais luxuosa da burguesia valenciana do início do século XX. É considerado um dos edifícios mais emblemáticos do esplendor valenciano do final do século XIX e início do século XX.